Para salientar nossa discussão devemos lembrar que Orkut é um site de relacionamentos na
internet, ou seja; é um portal digital que possibilita a produção de atividades humanas como a
comunicação, o diálogo e a relação, consigo próprio e com o outro/outros por meio da
linguagem virtual. Podemos entendê-lo sendo uma esfera da realidade concreta aqui estudada
como fenômeno sociológico e objeto de pesquisa, denominado por Ciberespaço. Nele as
relações humanas passam a ser atividades que integram uma imensa rede complexa de janelas
de exposições, ligações, ideias, pensamentos, emoções e interações essencialmente dialógicas.
Sempre com o intuito de perceber e ser percebido ou não querer ser percebido (mas perceberse
), poder perceber os fatos e o estilo das composições e exposições das outras pessoas que
fazem parte dessa esfera virtual de produção e interações digitais tanto verbais quanto as não
verbais. Neste contexto vale retomar o que Bakhtin nos fala sobre isso:
Não existe nem a primeira nem a última palavra, e não há limites para o contexto dialógico
(este se estende ao passado sem limites e ao futuro sem limites). Nem os sentidos do passado,
isto é, nascidos nos diálogos dos séculos passados, podem jamais ser estáveis (concluídos,
acabados de uma vez por todas): eles sempre irão mudar (renovando-se) no processo
subseqüente, futuro do diálogo. Em qualquer momento do desenvolvimento do diálogo existem
massas imensas e ilimitadas de sentidos esquecidos, mas em determinados momentos do
sucessivo desenvolvimento do diálogo, em seu curso, tais sentidos serão relembrados e
reviverão em forma renovada (em novo contexto). Não existe nada absolutamente morto: cada
sentido terá sua festa de renovação (BAKHTIN, 2003, p.410).
Essas são algumas inquietações que nos fazem refletir sobre importantes questões e buscar
compreensões para os fenômenos sociais que estão imergindo, com o avanço das novas
tecnologias da informação e da comunicação, na atual sociedade do conhecimento.
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