terça-feira, 26 de outubro de 2010

REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE À DISTÂNCIA - 4- 15/09/2010


CURSO DE INFORMÁTICA PROINFO INTEGRADO
CURSISTA: Maria José da Silva
Data: 15/09/2010
Resumo do texto: A distância e o presencial cada vez mais próximos

   O texto fala de uma entrevista realizada com José Manuel Moran. Doutor em Ciências da Comunicação pela USP E Diretor do Centro de EAD DA Universidade de ANHANGUERA  - Uniderp. Ele é autor de  vários livros que falam da educação. É um respeitado especialista  no uso de tecnologias aplicadas aos processos de aprendizagem.Nesta entrevista tem como foco a  instalação da internet banda larga na quase totalidade das escolas públicas  do Brasil, meta anunciada pelo governo federal.
   Moran diz em sua entrevista que “Uma boa escola precisa de professores mediadores, vivos, criativos, experimentadores, presenciais e virtuais. De mestres menos falantes, e mais orientadores. Precisamos de uma escola que fomente redes de aprendizagem, entre professores e entre alunos. Onde todos possam aprender com os que estão perto e longe, conectados  audiovisualmente. Aprender em qualquer tempo e qualquer lugar, de forma personalizada e, ao mesmo tempo, colaborativa”, afirma.
   A meta do governo federal  é atingir até o final deste ano, 92% da população escolar brasileira pela internet banda larga.Essa medida representa um passo importante para que as escolas possam ter acesso à internet, às redes e a mobilidade assim, será possível ampliar o acesso, transformando salas de aula, bibliotecas, pátios e outros espaços em lugares de aprendizagem flexível e compartilhada.
   A inserção no mundo das tecnologias conectadas é um caminho importante para preparar as pessoas para o mundo atual, para uma sociedade complexa, que exige domínio das linguagens e recursos digitais. Em educação não podemos esperar que todos os outros problemas sejam equacionados, para só depois ingressar nas redes. Escolas não conectadas são escolas incompletas, mesmo quando didaticamente avançadas. Alunos sem acesso contínuo às redes digitais estão excluídos de uma parte importante da aprendizagem atual: do acesso à informação variada e disponível de forma online, da pesquisa rápida em bases de dados, bibliotecas digitais, portais educacionais. Estão fora da participação em comunidades de interesse, de debates e publicações online. Enfim, da variada oferta de serviços digitais.
   Para que a informatização das escolas surta o efeito desejado com salto na qualidade de ensino é  preciso conectar todos os espaços e elaborar políticas de capacitação dos professores, gestores, funcionários e alunos para a inserção das tecnologias no ensino e aprendizagem de forma inovadora, coerente e enriquecedora. Os projetos pedagógicos precisam refletir essa integração horizontal e vertical com o currículo.As tecnologias digitais facilitam a pesquisa, a comunicação e a divulgação em rede. Nesses espaços, os alunos podem ser protagonistas dos seus processos de aprendizagem. E isso facilita a aprendizagem horizontal, isto é, dos alunos entre si, das pessoas em redes de interesse. A combinação dos ambientes mais formais com os a flexibilidade da adaptação ao perfil de cada aluno.
   O ideal é que estas tecnologias Web 2.0 –  gratuitas, colaborativas e fáceis – façam parte do projeto pedagógico da instituição para serem incorporadas como parte integrante da proposta de cada série, curso ou área de conhecimento. . Quanto mais a instituição incentiva o trabalho com atividades colaborativas, pesquisas, projetos, mais elas se tornarão importantes. Podem ser utilizadas também para produzir conteúdos interessantes e deixar para o professor o papel de organização das atividades, de discussão, orientação, apresentação dos resultados e sua publicação pelos alunos. Com boas propostas no começo de cada semestre, as possibilidades de motivação dos alunos e professores aumentarão, sem dúvida.
   Sem treinamento ou direcionamento pedagógico, o uso da internet pode  sim trazer prejuízo, pois ela é uma projeção de tudo que o ser humano faz de bom e de ruim.A  solução não está principalmente em bloquear ou em não falar disso. Temos que aprender a lidar com as tecnologias. Orientar, acompanhar, porque uma criança pode envolver-se em situações complicadas. A criança, quando percebe que os pais e professores confiam nela e se preocupam, mostra quais sites costuma visitar, ou logo aponta alguma situação anormal, ela jamais fará mal uso desse veículo de informação.A internet é um meio rico de possibilidades e de problemas. E a escola é um espaço privilegiado de aprendizagem  a saber fazer essas escolhas.
    De acordo com uma pesquisa  realizada na França a qualificação de um professor nesta área de conhecimento dura em torno de dois anos para dominar as tecnologias e utilizá-las  no seu planejamento e avaliação. Não basta só ser moderninho. O importante é que o aluno aprenda cada vez mais.
O professor pode buscar informações sobre inclusão digital no Portal do MEC e alguns portais educacionais, como o Diaadiaeducação, da Secretaria de Educação do Paraná, onde encontrarão materiais e atividades importantes em diversas áreas do conhecimento.
   Alguns profissionais que realmente se preocupam com a educação, eles  acompanhando os avanços que acontecem em sua área de conhecimento, independente de qualquer tipos de mudanças eles querem sempre acompanhá-las.E na atualidade como veio o avanço tecnológicos tem-se que acompanhá-lo, pois uma boa escola depende fundamentalmente de contar com gestores e educadores bem preparados, remunerados, motivados e que possuam comprovada competência intelectual, emocional, comunicacional e ética. Sem bons gestores e professores nenhum projeto pedagógico será interessante, inovador. Não há tecnologias avançadas que salvem maus profissionais. São poucos os educadores e gestores pró-ativos, que gostam de aprender e conseguem colocar em prática o que aprendem. . Sem pessoas autônomas é muito difícil ter uma escola diferente, mais próxima dos alunos que já nasceram com a internet e o celular. Uma boa escola precisa de professores mediadores, vivos, criativos, experimentadores, presenciais e virtuais. De mestres menos ‘falantes’, mais orientadores. De menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, e experimentação. Desafios e projetos. Uma escola que fomente redes de aprendizagem, entre professores e entre alunos. Onde todos possam aprender com os que estão perto e também longe, conectados.

Fonte bibliográfica: http://www.eca.usp.br/prof/moran/proximos.htm

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